Talvez não
fosse uma serpente...
Talvez fosse
uma coruja quem lhe ofereceu aquele fruto. Quem sabe embrulhado para presente
em uma linda caixa?! Ou então, um íbis distraído tenha o deixado cair, como as
aves deixam cair suas penas...
Pode ser que
nem mesmo tenha sido preciso que o fruto lhe caísse na cabeça, para que lá
chegasse, mas teria sido pela boca que lá entrou...
Não antes que
lhe fosse posto à vista, e que sentisse sua maciez e seu peso em suas mãos...
Nem antes que
o doce perfume fosse inspirado pelo seu nariz e que ouvisse o ruído áspero no
momento da mordida...
E finamente
sentido aquele doce sabor tornar-se amargo retroflexo... começara a entender!
(1º semestre
de 2016)
Nenhum comentário:
Postar um comentário