terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O fruto





Talvez não fosse uma serpente...
Talvez fosse uma coruja quem lhe ofereceu aquele fruto. Quem sabe embrulhado para presente em uma linda caixa?! Ou então, um íbis distraído tenha o deixado cair, como as aves deixam cair suas penas...
Pode ser que nem mesmo tenha sido preciso que o fruto lhe caísse na cabeça, para que lá chegasse, mas teria sido pela boca que lá entrou...
Não antes que lhe fosse posto à vista, e que sentisse sua maciez e seu peso em suas mãos...
Nem antes que o doce perfume fosse inspirado pelo seu nariz e que ouvisse o ruído áspero no momento da mordida...
E finamente sentido aquele doce sabor tornar-se amargo retroflexo... começara a entender!

(1º semestre de 2016)

Nenhum comentário:

Postar um comentário