quarta-feira, 1 de maio de 2013

Os Sinos soavam



Os Sinos soavam...
Naqueles tempos eram os sinos da Catedral que marcavam as horas, as vidas...
Trabalhar? Rezar? E o que mais?
O Tempo passava, arrastando as vidas em seu caminho...
Era dia de celebração, das vidas que passavam, dos mortos que estão...a esperar pelo céu? Talvez...

Os Sinos soavam...
A missa matinal, numa língua quase desconhecida, quase morta também... uma missa pra quem?
Rezar pra quem se foi, pra quem está a esperar...o que todos estão a esperar?

Os Sinos soavam...
Era noite, tempo de descanso daqueles que vivos ainda estão.
Mas fogueiras ardiam, longe nas pradarias, era tempo de celebração...
Somente os que lá estavam sabiam...que o tempo, então, não existia... que o véu entre os mundos nesta noite se extinguia...
E enquanto todos dormiam, aqueles que nas pradarias estavam, juntavam-se em comemoração aos que pela vida passaram, mas que nela já não estão...

Os Sinos soavam...

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